sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Bravo mundo novo, Admirável mundo novo...


O título remete a um clássico da literatura "Brave New World", que para o português (como se podia esperar) foi traduzido de forma diferente, ficando como "Admirável Mundo novo", ao invés de "Bravo Mundo Novo".

A estória é fascinante, e Aldous Huxley, seu autor já em 1932, fazia críticas a uma "hipotética" sociedade futura na qual a moral e a religião desapareceram, dando lugar a um consenso comum de CONFORMISMO e SUBORDINAÇÃO, que seriam a chave para a felicidade.



Hoje vemos um meio caminho para esse Bravo Mundo Novo... só que sem a felicidade :)
As pessoas sofrem, não questionam, são vítimas da sociedade e do Estado, e mesmo assim estão "felizes" pois houve a redução do IPI e poderão comprar produtos da "linha branca", "carros com descontos magníficos" para pagar em 72 prestações sem entrada sendo a primeira só para depois da COPA... poderão assistir ao futebol às quartas-feiras na Globo e ver o seu time massacrar o time adversário... e pronto: os assassinatos em roubos não importam, as enchentes ficam só na televisão, a desgraça é longe... o que importa é o futebol, é o desconto dos eletrodomésticos, é o computador da linha "positivo" com preço de notebook importado, mas com crediário facilitado.

A taxa alta da conta de luz, a internet lerda (uma das mais caras do mundo), nada disso importa! o que importa é somos todos abençoados pela inclusão digital, temos a liberdade de expressão assegurada, não só para mandarmos "scraps" nas redes sociais, ou repassar correntes por e-mail... mas também para... para quê mesmo? ah sim para os jogos online... E a crítica aonde fica? E a consciência para onde foi?

Bem vindos a um Bravo Mundo Novo em nada admirável...

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